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PS3 Generation | Fallout 3

A história de Fallout 3 começou alguns anos antes do seu lançamento quando a extinta Interplay, criadora de Fallout (1997) e Fallout 2 (1998), já trabalhava em um terceiro jogo da série de codinome Van Buren. Com a falência da Interplay, todos os direitos comerciais da franquia foram comprados pela Bethesda, que em 2008, finalmente, deu luz ao tão aguardado Fallout 3.
Para felicidade de todos e bem geral da nação, a dona Bethesda ignorou completamente todo o saudosismo dos jogos anteriores e mandou pro espaço a visão isométrica e os combates por turnos, marcas registradas de F1 e F2. Os fãs ardorosos gritaram, choraram, espernearam e fizeram beicinho (teve até gente colocando a Bethesda na boca do sapo), mas não teve jeito. Fallout 3 foi transformado em um jogo em primeira pessoa. Mas atenção: ele não é um FPS, é um RPG tático em primeira (e terceira) pessoa. Como shooter ele é péssimo; como RPG, magnífico.
O universo de Fallout existe em uma linha de tempo alternativa que diverge do mundo real após a Segunda Guerra Mundial. A partir deste momento foi como se o mundo ficasse preso a cultura americana dos anos 1950 (roupas, propagandas, eletrodomésticos) evoluindo apenas sua indústria bélica. Diversos marcos foram acontecendo ao longo dos anos – como a divisão dos E.U.A. em 13 confederações no ano de 1969 – até a culminar na “Grande Guerra” de 23 de outubro de 2077 – duas horas de bombardeios nucleares entre E.U.A., China e URSS que devastaram todo o planeta. A partir desse marco começam os jogos da série.
fallout3

O grande diferencial de Fallout 3 para seus antecessores é a imersão proporcionada pelo mundo em 3D. Podem falar o que quiser, mas é inegável que os jogos de mundo aberto em primeira ou terceira pessoa colocam o jogador na pele do personagem. Jogar Fallout 3 é se sentir vagando em um mundo pós-apocalítico.
Depois de 19 anos vivendo enclausurado em um bunker, o Lone Wanderer (nosso personagem) finalmente conhece a Wasteland (o mundo “real” ou o que sobrou dele), quando escapa do Vault 101. Foi uma cena bem curta, mas um das mais belas e emotivas que já vi em um videogame.
Fallout 3 tem tudo que um grande RPG precisa: ótima história, diálogos e mais diálogos, pontos de experiência, evolução de personagem, decisões a serem tomadas, diversas formas de resolver as missões principais e secundárias e um vasto mundo a ser explorado.
Se algum dia você resolver jogar Fallout 3 não se esqueça das duas ações obrigatórias: encarar um Super Mutant Behemont (um mutante de seis metros de altura que ostenta um arma feita a partir de um hidrante encravado em poste de luz) com uma Fat Man (arma que dispara uma mini nuke) ou uma Experimental MIRV (versão única da Fat Man que dispara oito mini nukes simultâneas!); e destruir Megaton!

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